Da união entre premissas da cultura oriental com a estética escandinava nasceu o estilo japandi. Esse minimalismo rico em texturas, com paleta clara e materiais naturais acaba de ganhar um endereço junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos lugares mais queridos pelos cariocas. Nossa equipe atualizou um apartamento de 150 m² para um empresário que se divide entre São Paulo e o Rio de Janeiro. Como o imóvel é alugado, as intervenções arquitetônicas foram pontuais. O clima praiano, as muitas peças de design nacional e a paleta suave reforçam a referência de casa bem brasileira – um refúgio japandioca.
O piso original de tábua corrida foi recuperado com lixamento e posterior aplicação da mesma cera que trata assoalhos de demolição. Criamos um projeto de luminotécnica e refizemos a parte elétrica, pouco funcional para as demandas atuais. Finalizamos a parte mais bruta da obra com a retirada dos gabinetes dos banheiros e instalação de uma nova marcenaria na cozinha. O piso das áreas molhadas, uma cerâmica da Oficina Brennand, foi devidamente valorizado pela nova paleta voltada para o off white.
A escolha de mobiliário solto, com uma seleção de importantes nomes do design nacional, demonstra precisão na curadoria. Peças de Guilherme Wentz estão acompanhadas por cerâmicas do Estúdio Heloísa Galvão, esculturas trazidas de viagens ao Delta do Parnaíba e à Ilha do Ferro, acessórios do Estúdio Rain e mais, tudo emoldurado por cores que caminham entre branco, bege, pontos de verde e muitos padrões de madeira. Tudo bem natural, assim como a trilha sonora de Bebel Gilberto que domina a playlist. A vista da entrada dá pistas do clima ao mesmo tempo sofisticado e descontraído do décor. O sofá branco é da Lider com traço do Suite Arquitetos. As mesas de centro e a chaise de leitura, do estudiobola. Banquetas Monica Cintra. Mesinha de apoio Estúdio Rain e luminária de piso Reka.
Os poucos elementos que se distribuem pelo apartamento são carregados de significados. Caso do banco do hall de entrada, que o Estúdio Rain criou a partir de madeira do cerrado vinda de manejo sustentável. A escultura na parede foi trazida de uma viagem ao Delta do Parnaíba, trabalho de artesãos locais. Em primeiro plano, mesa de jantar Wooding, cadeiras Wentz Design e lustre de Mel Kawahara. Poltrona de leitura vem do estudiobola.
O clima praiano, as muitas peças de design nacional e a paleta suave reforçam a referência de casa bem brasileira. Um refúgio japandioca - mistura do japonês com escandinavo e uma pitada carioca
A varanda do segundo andar tem um jardim particular feito pela copas das árvores da vizinhança. A mesa redonda com cadeiras da Ondo já virou o ponto mais concorrido da casa, junto ao pendente da Casa Mind e do centro de mesa do Estúdio Heloísa Galvão. O carrinho de chá vem da Arquivo Contemporaneo. No trecho que se abre para o home office, o sofá em linho verde de Sergio Rodrigues divide as atenções com a poltrona de Jader Almeida. Luminárias da Reka.
A intervenção mais pesada aconteceu nesta cozinha, agora dona de uma marcenaria renovada por completo, enxoval da Tok & Stok e eletrodomésticos da Consul. No chão, as cerâmicas originais da Oficina Brennand foram valorizadas com a paleta suave. O canto de refeições ganhou mesa de aço e granilite da Mezas, banquetas da Ondo e quadro da Urban Arts. Detalhe delicado, a casinha de madeira é é do marceneiro Guilherme Sass, criador do Casa na Arvore.
Como se divide entre Rio de Janeiro e São Paulo, o morador precisava ter um canto de trabalho confortável também nas temporadas cariocas. A escrivaninha da Mezas faz par com a cadeira sinônimo de ergonomia da Hermann Miller. O sofá-cama da Abarca recebe hóspedes extras junto com o banquinho da Oiamo e o mancebo da Ondo. Fotografias na parede de Sergio Ranalli.
A luz natural avança pela varanda até a suíte, que tem cama e cabeceira da Wooding. Sobre a cama, enxoval de linho da Zara Home. O colorido reside na bandeira de Camila Cherobin. Luminárias de piso e mesa, Wentz Design.
Os hóspedes se sentem acolhidos no espaço com cama Wooding e enxoval de linho Zara Home. Mais das texturas naturais: a banqueta da Ilha do Ferro funciona bem como mesa de cabeceira, um par inusitado com o modelo moderno da Wentz Design, que também assina a cadeira com encosto de palhinha. No alto, o pendente de conchas loja Hábito. O quadro preto e branco veio da Urban Arts. No pé da cama, a escrivaninha da Mezas faz par com a luminária da Reka. Na parede, espelho da Ondo.